A artista Sandra Cinto traz para sua produção a desestruturação de conceitos formais, sobretudo aquele voltado para a busca das especificidades das linguagens. O ponto de encontro se dá na mente do artista. Ele compila as informações herdadas ou adquiridas para produzir uma obra que tenh sua própria identidade. O espaço expositor se insere na obra. O artista é quem conduz o pensamento para a realidade, o introduz na contemporaneidade e permite experimentações que conduzirão tanto ele como o espectador a desfrutar de um momento único.
No trabalho de Sandra Cinto observa-se que a artista cria e, ao mesmo tempo, se insere como suporte, ampliando os espaços possíveis para a existência de uma obra de arte. A efemeridade da obra se aproxima da própria existência do autor. Se o artista não é eterno, porque sua obra precisa sê-lo?A pintura dos desenhos no seu corpo que, mesmo sendo estático, é latente e torna o processo de criação mais fluido. o desenho contemporâneo está presente sob nova grafia como elemento constituinte e não como ponto de partida. O foco está na forma final, na apresentação da idéia esboçada mental ou fisicamente.
A pluralidade na produção de arte contemporânea revela a dificuldade de se estabelecer conceitos e critérios de validação artística, o que torna o processo mais reflexivo do que analítico. O processo de produção parte do indivíduo para o meio através de uma representação tangível ou não, mas cabível no entendimento de expressão como linguagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário